O papa Bento XVI afirmou hoje na homília da vigília pascal que o Homem não é um produto casual da evolução, e que, se assim fosse, a sua existência "não teria sentido" e seria mesmo um "incómodo da natureza".
Esta afirmação vem como que um pouco contraditória: Mas vamos por partes. Tendo já a Igreja Católica Apostólica Romana reconhecido o mérito por trás das teorias evolucionistas, admitindo a "mão de Deus" no início de tudo como se de um enenheiro bioquímico se tratasse, bate certo com a premissa de não sermos nós, Humanidade, casual produto de uma qualquer sopa que foi fervida um pouco mais do que devia e "PUFF!!! Fez-se o Chocapic!".
A segunda premissa da nossa existência não ter sentido durante as breves estações que passamos por esta terra, até ela voltar, cai em poço de discussão milenar e direi até eterna, pois tal sentido por uns é procurado, outros encontrado e por muitos tantos ignorado.
Chegando então à terceira, e final, premissa. Olhando em volta, para o estado desta nossa casa Terra, e da sociedade em si... não seremos de facto um incómodo para a mãe Natureza!? Nas palavras de Mr. Smith, não seremos realmente um vírus que simplesmente consome, que parasita, em vez de estarmos em simbiose!? O ser humano de momento, para suportar (e mal) a actual população mundial de quase sete mil milhões de habitantes, gasta recursos equivalentes a dois planetas e meio... e estima-se que chegaremos aos 8 mil milhões de habitantes por volta de 2020 e ais 10 mil milhões já em 2040. Temos nós a tecnologia suficiente para evitar, ou pelo menos remediar, os nossos excessos e erros. No entanto por ganância de uns, o todo paga a conta, o futuro paga a conta. E meus amigos, estamos em crise, o crédito terá juros altíssimos. Para dar uma hipótese de recuperação à nossa pequena "caixa de areia" e assim podermos florescer por muitos mais anos, mentalidades têm de mudar, novas e velhas. A educação de um povo é a sua base.
Deâmbulos de um homem utópico? Sem dúvida, mas sinceros. Sou realista em ver que uma mudança não está para breve sem antes haver uma gigante queda a nível global, e tal lançar-nos-a numa imensa luta pela sobrevivência. Vi no outro dia num qualquer Stumble: "Falam do fim do mundo em 2012... eu digo que ele já veio e está a acontecer aos poucos, e nada é feito para evitar a sua continuação ou garantir sobrevivência". Estará assim tão longe da verdade?
A Igreja, acrescentou, não é uma associação que se ocupe das "necessidades religiosas dos homens, antes uma maneira de conduzir o Homem ao encontro com Deus".
Então... e as cruzadas? Uma condução um tanto ou quanto agressiva non!?
Mas fora tudo estes deâmbulolos e rants de um alegre lunático, boa páscoa para todos, de ou sem religião associada.
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